Ai, eu ainda um dia irei rasgar a solidão...
Sempre que ouço esta música, não consigo evitar emocionar-me, pelo conteúdo da letra, da solidão e da angústica presentes em cada sílaba. É um estado de alma...
Já estou louco de estar só,
acompanhado de nada.
Já estou cheio de ser cru,
tão corrido,tão pisado.
Já estou prenho de amizades,
tão barriga de saudades.
Ai, eu ainda um dia irei rasgar a solidão...
E nela entrelaçar o amor de uma canção
Chegar ao cimo, ao cume, ao alto, mais longe e mais além;
mas a saber que sou alguém.
Na cidade sou loucura
sou de glória, sou ciúme.
E eu que sonhava ser lume,
caminho, atalho, lonjura...
Não tenho assento na festa,
Sou a migalha que resta.
Ai, eu ainda um dia irei rasgar a solidão...
E nela entrelaçar o olhar de uma canção
Chegar ao cimo, ao cume, ao alto, mais longe e mais além;
mas a saber que sou alguém....
Nota: A letra original é da canção "Fala da Mulher sozinha", de Margarida Bessa. As alterações foram utilizadas num espectáculo intitulado "Um País chamado Simone", numa homenagem da RTP à grande senhora Simone de Oliveira. Eu apenas limitei-me a alterar o género.