All over again...
Estou com medo... Estou com medo que afinal, isto foi tudo em vão, que alimentei uma ideia, um sonho, uma paixão para que, no fim, se confirmasse o que sempre soube mas que, por vezes, fica toldado sobre o nevoeiro da ilusão...Só, vou ficar só... Foi a pensar nisto que adormeci ontem e acordei hoje de manhã...Com um sentimento de vazio e de impotência. Porque, mesmo que eu não faça nada de mais, mesmo que mostre apenas como sou e que não queira dar mais enfeites a esta realidade que nos rodeia e que só os olhos podem ver, já que, pelos vistos, o coração anda demasiado ocupado para o fazer, não vale de nada... E então percebi... Percebi porque é que a almofada estava molhada, porque é que eu estava encolhido, como que à espera que me abraçassem e me dessesm um pouco de conforto... Foi aí que rebentei...O pranto que se seguiu não foi mais possível de controlar... A dor que estava presa, qual água de um rio enfurecido contido numa barragem que não aguenta mais e rebenta, libertou-se... Bem sei que precisava de o fazer... Mas mesmo agora que as lágrimas secaram, o lago ficou vazio, tal como o meu peito... e a única coisa que o preenche é a dor, a dor de sentir que, por mais que eu tente, nunca vai ser o suficiente... E mais uma vez, (re)começa a construcção do dique da minha alma... Pois o dia chegará em que deixarei de tentar...
Por favor, faz com que o sol volte brilhar... Estou cansado de me sentir como tempo...nublado... Preciso que faças com que me sintas feliz... Por favor...